domingo, janeiro 16, 2005


Ciliar

era natural que ela piscasse em outro tempo
pois sua retina se marcava à goiva.
assim se abriam seus caminhos de água
riscando a sal a face quente.
O tempo lhe abrira leito de rio,
sinuoso contorno da boca,
vereda crescente no riso fácil.

Pestanas em pausa
maresia.
O tempo do olhar se indicava
lentamente
pelo desenho ciliar em borboleta
apontando, alto
o oblíquo caminho do vôo.


Stella Ramos

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Esse seu projeto é muito, muito interessante, espalhar poesia, espalhar sentimento. Quando eu comecei a escrever, costumava enviar meus poemas para algumas amigas, via e-mail (não sei fazer poema manuscrito, só consigo criar digitando), com o tempo criei alguns blogs e parei de enviar meus textos, acho que voltarei a fazer isso, vou espalhar minha poesia novamente.

Victor Az
intristeza.blogspot.com

25 de janeiro de 2005 às 17:20  

Postar um comentário

<< Home